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A Organização Mundial de Saúde e os seus especialistas declararam no início desta semana que o fumo libertado pelos escapes dos carros a diesel é ainda mais cancerígeno que fumar passivamente. Segundo esta organização a inalação destes fumos aumenta o risco de cancro nos pulmões e na bexiga.
A Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC), o organismo da OMS responsável por classificar os diferentes compostos e processos em função das suas probabilidades de provocar cancro no ser humano acabou de colocar os fumos de combustão dos motores a diesel no grupo 1, juntando-os ao tabaco, arsénico e às lâmpadas de bronzeamento.
Anteriormente, os fumos do diesel estavam incluídos no mesmo grupo de risco dos gases emitidos pelos motores a gasolina, o 2º, vistos como potencialmente cancerígenos. Agora no comunicado emitido pelo IARC os gases dos veículos a diesel passam a estar associados ao aumento do risco principalmente do cancro do pulmão.
Em 1998 um painel de especialistas já tinha recomendado uma revisão prioritária desta classificação, tendo em conta os novos dados que alertavam para os seus riscos. Agora com os resultados nas mãos o IARC diz haver evidências suficientes sobre a cancerigenicidade dos gases, principalmente no que diz respeito a tumores nos pulmões e, embora com menos impacto, ao cancro da bexiga.
Quanto ao futuro, a OMS refere que as autoridades devem tomar todas as medidas possíveis para reduzir a exposição da população a estes fumos. No mesmo comunicado o IARC reconhece que algum trabalho já tem sido feito com o intuito de diminuir estes efeitos. No caso do fabrico, o diesel já é menos contaminante, com menos conteúdo de sulfureto, e além disso a tecnologia dos motores tem evoluído de forma a torná-los mais eficientes, com consequente redução de emissões de gases poluentes.