Opinião: Por que faz sentido a Nissan GT Academy

Esta semana encontram-se em Silverstone os 16 vencedores nacionais a competir pelo prémio máximo da NissanNissanJapão, 1932 > presente159 modelos
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GT Academy.

Para quem não sabe o que é a GT Academy, passo a explicar: a Playstation e a Nissan uniram-se em 2008 e ofereceram-nos o piloto Lucas Ordonez (que terminou em segundo na sua categoria nas 24 Horas de Le Mans de 2011) que se juntou este ano a Martin e Alex Brundle nas 24 Horas de Le Mans. Os jogadores são convidados a alcançar um determinado tempo no jogo Gran Turismo e, em seguida, convidados a participar numa avaliação nacional. Depois o vencedor de cada evento nacional segue para Silverstone, num evento do qual vou fazer parte do painel de jurados e vou julgar cada um dos pilotos pelas suas capacidades de comunicação com os media! O vencedor irá depois realizar um treino específico para participar como piloto nas 24 Horas do Dubai de 2013.

Além da minha participação (limitada) no programa acho que é um conceito muito interessante e que tem descoberto algum potencial, a um custo relativamente limitado.

A Nissan contrabalançou parte dos custos com a parceria com a Playstation e também graças à cobertura televisiva que é feita do evento. Os custos tornam-se ainda mais reduzidos se forem comparados com o programa de desenvolvimento de pilotos da Red BullRed BullÁustria, 2004 > presente12 modelos
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que já terá custado até hoje cerca de 633 milhões de euros e que revelou uma verdadeira estrela: Sebastian Vettel (que deve uma parte significativa do seu treino à BMWBMWAlemanha, 1918 > presente87 modelos
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). Se relacionarmos isto ao projeto DeltaWingNissan DeltaWingJapão, 2012 > presente19 fotografias
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que recebeu muitos elogios em Le Mans este ano então apercebemo-nos que a Nissan lidera o pelotão no que toca a marketing automobilístico.

Lucas Ordonez é o mais famoso dos graduados, e também o primeiro, mas já houve outros depois dele. Um talento notável é Jann Mardenborough, o vencedor do ano passado, que ganhou a sua primeira corrida do British GT em Brands Hatch, em junho deste ano, e que também está a mostrar o seu potencial noutras competições.

Um dos aspetos mais inovadores, na minha opinião, é que estes novos pilotos são muito normais, e digo isto no bom sentido. Particularmente no caso do Jann, a Nissan deu de caras com pessoas que se sentem felizardas por estarem onde estão e estão a aproveitar ao máximo aquilo que têm.

É plausível que a Nissan venha a colocar em pista uma formação inteiramente constituída por pilotos ex-jogadores na próximo edição das 24 Horas de Le Mans e será muito interessante ver qual será o resultado. Ordonez terá com certeza um lugar reservado e poderá pensar-se que Jordan Tresson também estará na formação (também participou na edição deste ano), a questão é: quem poderá ser o terceiro piloto?

Porém o ponto fulcral de tudo isto é que vale a pena aplaudir esta abordagem diferente que vai ao encontro de talento nos locais mais improváveis e isto tudo com um orçamento razoável, principalmente nos tempos austeros como os que atravessamos. Pergunto-me o que é que a Nissan estará a preparar para nós a seguir?