O Grupo Volkswagen atingiu o primeiro lugar mundial em 2016 ao atingir vendas superiores a 10,3 milhões de carros em todo o mundo. Apesar do escândalo "Dieselgate" a empresa alemã, que também inclui as marcas Audi, Seat, Skoda e Porsche, conseguiu ultrapassar a Toyota que registou uma desaceleração no crescimento das suas vendas com um total de 10,2 milhões de veículos vendidos.
Diferente ritmo de crescimento da Volkswagen faz a diferença
A grande diferença entre as duas empresas foi claramente os valores de crescimento de vendas. Enquanto que a
Toyota apenas cresceu 0,2% em 2016, a
Volkswagen conseguiu aumentar as vendas em 3,2%. Em terceiro lugar ficou a GM com uma estimativa de 9,5 milhões de carros vendidos, o que significa um decréscimo de 3,1% em relação a 2015.
Os maiores problemas das vendas da
Toyota em 2016 foram os EUA e o mercado chinês, onde o crescimento não conseguiu o crescimento nas restantes regiões.
Escândalo "Dieselgate" não abranda a Volkswagen
Embora as vendas tenham crescido 4% na Europa em 2016, a quota de mercado da
Volkswagen sofreu uma quebra naquele que é o seu segundo maior mercado. De facto, no seu mercado doméstico, a Alemanha, as vendas caíram 7,2%. Este é um resultado do "Dieselgate", que afetou a popularidade da marca alemã. Ainda assim, com a ajuda das restantes marcas do Grupo e do mercado chinês estes efeitos negativos foram reduzidos.
Com a ajuda da crescente popularidade da
Audi e da
Porsche, bem como a elevada procura na China, parece que a empresa está a conseguir de forma eficiente absorver os efeitos colaterais do "Dieselgate". A
Skoda e a
Seat também registaram anos positivos de vendas o que ajudou o Grupo
Volkswagen a subir à posição de maior fabricante de automóveis do mundo.
No mercado dos EUA o Grupo
Volkswagen registou uma quebra de vendas de 2,6% e, no Brasil o volume de vendas caiu 34%. A China continua a ser o mercado principal da empresa com as vendas a subirem 12,2%.
Volkswagen deve manter o primeiro lugar em 2017
Os analistas económicos prevêem que a
Volkswagen seja capaz de manter o título de maior fabricante de automóveis do mundo em 2017. Isto porque a maior dependência da
Toyota ao mercado norte-americano vai ser, provavelmente, a sua maior fraqueza. O anúncio do Presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar o país do acordo comercial Trans-Pacífico não é definitivamente uma boa notícia para a
Toyota.
Além disso, a possível renegociação do Acordo Norte-Americano de Livre Comércio que envolve México, prometido por Trump durante a campanha, vai piorar ainda mais as coisas. A
Toyota está a planear abrir uma nova fábrica no México para produzir o
Corolla e já foi criticada por Trump, numa altura em que o novo presidente dos Estados Unidos está a pressionar claramente os fabricantes de automóveis a produzirem mais carros em solo americano.
Por isso mesmo a
Toyota vai estar claramente mais exposta ao mercado norte-americano do que a
Volkswagen, o que significa que, se o mercado chinês e europeu mantiverem os seus níveis de crescimento, a empresa alemã deve ser capaz de se aguentar no topo da lista dos maiores fabricantes de automóveis do mundo em 2017.