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Carros do futuro: Parte I - O que é que as pessoas querem

Recorrer a tecnologias que provoquem o aumento do preço dos carros pode não ser uma boa alternativa

Durante as próximas seis semanas vamos apresentar no Autoviva uma série de artigos que aborda as preferências dos europeus no que toca aos seus carros, não só agora mas também no futuro. Na nossa primeira parte vamos olhar para o que os europeus querem dos seus futuros veículos.

O estudo em que esta série é baseada foi realizado pelo centro de investigação alemão Gesellschaft für Konsumforschung GfK (Sociedade para Pesquisa de Consumo). Para o estudo foram entrevistadas 8.844 pessoas da Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda e Espanha, com idades compreendidas entre os 18 e 65 anos. As entrevistas decorreram em abril e maio de 2012.

A boa notícia é que 91,8% dos europeus acreditam que os carros nos próximos 25 anos vão melhorar a sua qualidade de vida. Os dois principais fatores que influenciam a compra do carro seguinte para os Europeus são a segurança e o preço. No estudo, 92,6% dos entrevistados concordaram totalmente ou concordaram um pouco que a segurança seria alvo de uma alta expectativa no carro que comprariam nos próximos 25 anos. Este aspeto foi classificado como sendo de importância número um em todos os países inquiridos.

Ter um preço razoável foi o segundo fator indicado como mais importante, com 88,8% dos inquiridos a ter isso em conta na compra do seu próximo carro. Foi apontado como o segundo fator mais importante em todos os países à exceção da Áustria e Espanha.

O fator menos importante para os compradores europeus é se o carro mostra o seu status. Apenas 35% da amostra revelou que isso pode influenciar a escolha. Este aspeto foi indicado como o menos importante em todos os países.

O impacto ambiental é importante mas não tão importante quanto se poderia esperar. Foi solidamente referido a meio da lista, com 85,7% dos inquiridos a afirmar que vai ser importante, mas a Áustria foi o país que o colocou na posição mais elevada, nomeadamente em segundo lugar. Todos os outros países lhe atribuiram o terceiro ou quarto lugar. As mulheres mostraram uma ligeira preferência por carros mais amigos do ambiente do que pelas marcas, 88% versus 83%, e o desejo de mais sustentabilidade correlaciona-se com mais educação.

"O que é interessante é o conflito entre a mobilidade económica e mobilidade ambientalmente consciente. A mudança de carros convencionais para unidades com baixas emissões de CO2 e de zero emissões poderia ser acelerado pelo pico do cenário do petróleo: com a subida dos preços da gasolina e do diesel, principalmente a médio prazo, as unidades alternativas, que ainda são caras, estão a tornar-se mais interessantes", referiu Thomas Weiss, editor sénior da revista AutoScout 24.

O outro resultado surpreendente desta pesquisa é que a diversão ao conduzir parece ter relativamente pouca importância. 75% dos inquiridos referiu que seria um fator num futuro carro, mas foi deixado tanto para a quinta como a sexta posição em termos de importância por todos os países.

O que é que isto significa?

Os fabricantes devem ser cuidadosos na forma como implementam as futuras tecnologias de baixas emissões. Embora seja certamente uma prioridade para os compradores, não é a maior prioridade. Os consumidores não vão esquecer tão cedo a crise económica que marca a atualidade europeia e o alto nível de desemprego dos últimos anos. Se um carro mais barato satisfaz as suas necessidades melhor do que um carro com emissões mais reduzidas, vão com certeza optar pelo carro mais barato.

Isto pode explicar o crescimento que as marcas mais acessíveis estão a ter na Europa em plena crise. As vendas dos fabricantes coreanos na Europa, que tendem a ter carros com preços mais baixos, já ultrapassou o crescimento de fabricantes maiores e já estabelecidas, como a PSAPeugeotPeugeotFrança, 1882 > presente120 modelos
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e a FiatFiatFiatItália, 1899 > presente159 modelos
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. Os coreanos ainda não estão perto do volume de vendas destas, mas a HyundaiHyundaiHyundaiRepública da Coreia, 1967 > presente79 modelos
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e a KiaKiaKiaRepública da Coreia, 1944 > presente52 modelos
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estão a crescer na Europa enquanto que outros continuam a vacilar.

O desejo por carros com preços razoáveis ​​faz ainda mais sentido quando se tem em consideração que apenas 35% dos compradores querem que o carro reflita a sua posição social. Isso significa, basicamente, que os compradores mais abastados não querem que os seus carros os façam parecer ricos e os compradores de carros menos caros não querem que o carro os faça parecer pobres. Os compradores mais jovens estão mais interessados no facto de o carro refletir a posição social mais do que os compradores mais velhos (43,3% nas idades compreendidas entre os 18 e 29 anos e 26,4% nos clientes com idades entre os 50 e 65 anos).

Se os fabricantes levarem em consideração estes dados, então podemos esperar ver mais carros que são bonitos, mas não vistosos no exterior e cheios de tecnologia e materiais de alta qualidade no interior. Isso é algo que já estamos a começar a assistir nos últimos hatchbacks produzidos em massa. Tomemos o caso do GolfVolkswagen Golf Gen.7 [VII]Volkswagen Volkswagen Golf Gen.7 [VII]Alemanha, 2012 > presente363 versões
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de sétima geração, por exemplo. Os compradores não podem alterar muito o exterior do carro, mas são oferecidos três tamanhos diferentes de ecrã de infotainment e dois sistemas diferentes de navegação. Os modelos de topo incluem mesmo um hotspot WLAN. Esperamos ver isso cada vez mais com os fabricantes a oferecer maior variedade de opções de informação e entretenimento em carros futuros.

Nas próximas semanas vamos analisar o que os compradores querem da mobilidade futura. Irão as pessoas abandonar os carros e optar por usar mais os transportes públicos e partilhar o carro? Também vamos examinar do que é que os carros elétricos precisam para atrair compradores e que tipo de tecnologia os compradores esperam ter nos carros. Iremos, ainda, olhar para o futuro do design automotivo.

3 comentários

PauloPaixao
Concordo com quase todos os aspetos menos com a ostentação. Acho que há muitas pessoas que querem mostrar o status através do carro
24.09.2012 @ 16:20
vpafap
Nos países latinos, o automóvel é muito mais que um meio de deslocação. E o status de ter um carro de gama elevada é muito valorizado. O que não se verifica nos países nórdicos...
25.09.2012 @ 13:48
PauloPaixao
Sim, para nós o show off é tudo... pode não haver dinheiro pra muita coisa mas pra férias e para um bom carro tem de se arranjar
02.10.2012 @ 15:47
Anonymous

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