Hollande prepara luta contra marcas francesas

O novo presidente francês François Hollande tomou posse a 15 de maio, e chegou sentado num Citroën DS5 híbrido dieselDS DS5 e-HDi 110 SoChic EGS6França, 2011 > presente1 photo
. Mas esta poderá ser a última vez que Hollande e a indústria automóvel francesa estarão tão próximos.

A PSA/PeugeotPeugeotFrança, 1882 > presente120 modelos
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-CitroënCitroënFrança, 1919 > presente94 modelos
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e a RenaultRenaultFrança, 1898 > presente189 modelos
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têm ameaçado fechar fábricas e demitir funcionários devido às vendas mais baixas e ao menor número de compradores. Um documento que foi conhecido antes da eleição falava de planos da Peugeot de fechar a fábrica em Aulnay, mas a marca adiou a decisão até depois da eleição para evitar um retrocesso.

Com as vendas atuais, há muitas fábricas de automóveis europeias a produzir demasiados carros com custos muito elevados. Para manter a rentabilidade, as marcas francesas querem fechar as suas instalações com estas características. A PSA e a Renault têm vindo a diminuir o número de trabalhadores em França em 20% nos últimos quatro anos.

"Nós não vamos deixar que a nossa chegada seja o gatilho para os despedimentos. Nós não vamos aceitá-los sem reagir", disse Hollande.

As marcas querem que a França reduza os impostos sobre o emprego para conseguir competir melhor com as marcas alemãs. As marcas alemãs permanecem rentáveis, apesar dos impostos, mas isso deve-se ao facto de poderem pedir preços mais elevados, para além de normalmente venderem mais carros.

Hollande quer aumentar ainda mais os impostos sobre os empregadores e acredita que os custos do trabalho não são um fator que trava a competitividade francesa.

A Peugeot produz 40,8% dos seus carros em França, uma melhoria de 3,3% relativamente ao ano passado, mas no entanto, quase metade da sua capacidade de produção não é aproveitada. A empresa terá que demitir funcionários para manter a rentabilidade, mas os cortes serão difíceis de passar pelos sindicatos. Antes da eleição, os sindicatos da PSA organizaram um piquete num comício de Sarkozy e conseguiram agendar um encontro com Hollande, o que os faz acreditar que o governo estará ao lado deles.

O CEO da Renault Carlos Ghosn confirmou que, quando uma marca em França começar a despedir trabalhadores, outros empregadores seguirão o mesmo rumo.

Fonte: Automotive News