Webber diz que conduzir um F1 moderno é frustrante

Mark Webber é um dos pilotos mais experientes atualmente no paddock da Fórmula 1. A sua carreira começou em 2002 na Fórmula 1, por isso quando o australiano diz que as regras da modalidade podem ter de ser repensadas, as pessoas deveriam pelo menos levar em consideração a sua opinião. Webber diz que a falta de emoção na Fórmula 1 moderna pode indicar que as regras precisam de ser alteradas e que a Fórmula 1 pode ter de ficar mais lenta de forma a ficar mais interessante.

"Pergunte a qualquer piloto de F1, sim é frustrante passarmos um grande prémio todo atrás de um carro. Eu já estive nessa situação, muitos outros pilotos também e isso não é muito divertido. Mas também na minha corrida em Xangai em 2011, em que me aproximei de pilotos como Fernando e Lewis e estive a recuperar cerca de 2.5 segundos por volta porque tinha poupado os pneus da qualificação, também não está correto", explicou Webber.

Para o piloto australiano a solução passa por diminuir ligeiramente a velocidade dos carros para melhorar a ação na pista.

"Temos que ceder um pouco mais para o lado mais competitivo das coisas. O Fernando a ultrapassar o Kimi para conquistar a liderança do Grande Prémio da Espanha não foi uma grande coisa. A luta entre o Sebastian e o Fernando em Xangai também não foi", referiu Webber.

O piloto da Red Bull não entrou em detalhes sobre como exatamente tornar a corrida mais emocionante. Os motores não vão mudar tão cedo pois essa fórmula já está definida mas a aerodinâmica poderia ser reduzida para forçar os carros a deslizarem mais. Os pneus também podem ser alterados para proporcionar uma duração mais longa, mas com menos aderência.

Webber diz que também está a prejudicar os pilotos mais jovens da Fórmula 1 porque estão mais focados em poupar pneus do que mostrar desempenho.

"Os jovens pilotos agora não têm a oportunidade de mostrar o que são capazes de fazer, que deveriam ser os princípios absolutos. Precisamos de encontrar jovens pilotos que levem o carro e a si próprios aos limites, mostrando resultados de forma consistente. Isso é importante", concluiu.