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Com o projeto Art Car, a BMWBMWAlemanha, 1918 > presente87 modelos
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presta homenagem ao espectro criativo da arte global ao longo de quase quatro décadas. Ao contemplar a coleção de 18 Art Cars, por agora, é mais do que justo dizer que chegaram perto de materializar o sonho de Robert Rauschenberg de ter um "museu móvel".
Por vezes concebidos como texturas de carros de corrida, outras vezes como golpes de marketing ou ideias conceptuais de sensibilização, os Art Cars são uma fonte de fascínio para o público global e são a ponte que interliga a arte da engenharia e a arte do design.
Consulta a galeria de dezassete BMWs que foram transformados em obras-primas exclusivas por alguns dos maiores artistas do mundo, como Andy Warhol e Jeff Koons.
O primeiro Art Car da BMW surgiu quando o piloto e leiloeiro francês Hervé Poulain convidou o amigo Alexander Calder para projetar um carro e o resultado foi um colorido BMW 3,0 CSL de corrida que teria a sua estreia no 24 Horas de Le Mans em 1975. O Art Car de Calder foi uma das últimas obras de arte que produziu antes de morrer em 1976.
O segundo BMW Art Car foi concebido pelo artista americano Frank Stella. O fã de automobilismo nova-iorquino pintou a carrocaria do CSL 3,0 com o seu padrão típico semelhante a uma grelha inspirado em papel gráfico. Stella referiu sobre a sua obra: "O meu design é como uma planta técnica transferida para a carroçaria."
Roy Lichtenstein foi o seguinte a colocar as suas mãos num BMW e transformá-lo numa peça de arte única. O 320i foi pilotado por Poulain e Mignot nas 24 Horas de Le Mans. O artista explicou: "Ponderei sobre o carro durante muito tempo e dediquei-me tanto quanto podia." O resultado da sua reflexão profunda foi uma exibição grafica do que é a essência da velocidade.
A lenda da Pop Art Andy Warhol disse sobre o seu Art Car: "Tentei retratar velocidade pictoricamente. Se um carro se move muito rapidamente, todas as linhas e cores ficam desfocadas." Warhol foi o primeiro artista a pintar diretamente no carro. Alegadamente, Warhol pintou o M1 em 23 minutos e, de seguida, passou os dedos através da pintura para deixar um toque pessoal.
Em 1982 Ernst Fuchs trabalhou sobre o 635 CSi. A sua inspiração veio de um sonho que teve em criança: "Na pintura, dei expressão a várias experiências, medos, desejos e súplicas, mas também à criação artística livre. Dei o nome "Firefox on Harehunt" ao carro. Representa uma lebre a atravessar uma auto-estrada à noite e a saltar sobre um carro em chamas (...)."
Rauschenberg incorporou pela primeira vez métodos de transferência fotográfica para copiar pinturas clássicas para o seu Art Car, o 635 CSI. Rauschenberg comentou a ideia dos art cars da seguinte forma: "Eu acho que os museus móveis seriam uma boa ideia. Este carro é a realização do meu sonho."
Em 1989 o artista australiano Ken Done foi solicitado pela divisão australiana da BMW Motorsports para criar a sua visão do M3. O seu design combina cores exóticas e formas associadas ao continente australiano e as formas que representam o dinamismo e a velocidade do BMW M3.
Também em 1989, outro artista australiano dedicou-se ao BMW M3 e cobriu-o com a sua arte Papunya. A pintura é uma reminiscência da mitologia nativa da Austrália e da vida selvagem. As pinturas Papunya representam visões aéreas de paisagens que encarnam, simultaneamente, mitos religiosos aborígenes, os chamados "sonhos".
Em 1990 o artista Matazo Kayama foi convidado a redesenhar o BMW 535i. A sua abordagem passou por fundir o fascínio pela tecnologia com uma visão do Japão moderno. Kayama usou técnicas de airbrush e combinou-as com artesanato japonês, como o "Kirigane" (corte de metal) e "Arare" (impressão de folha) para cortar pequenos pedaços de ouro, prata e folha de alumínio e colá-los na carroçaria.
Quando Cesar Manrique projetou o seu BMW 730i queria "combinar as noções de velocidade e aerodinâmica com o conceito de atração estética num objeto." Isto foi conseguido através da utilização de cores brilhantes e formas que refletem os seus movimentos de deslize.
A.R. Penck foi inspirado pelo design técnico do Z1. O artista alemão comparou o avançado design tecnológico com sinais que remetem para pinturas rupestres pré-históricas que são, de facto, enigmas para serem descodificados pelo público.
"A minha arte tem evoluído da tradição tribal de decorar as nossas casas", disse a pintora sul-africana, e primeira autora feminia de um Art Car, Esther Mahlangu sobre o design. Com o BMW 525i, Mahlangu queria vincular esta arte tradicional à aparência moderna do carro e criou o primeiro Art Car africano, uma obra de arte Ndebele.
Sandro Chia pintou rostos e um mar de cores vivas num protótipo de um M3 GTR até a carroçaria ficar completamente coberta. "O automóvel é um bem procurado na sociedade", disse Chia sobre o seu trabalho. "Todos os olhos estão sobre o carro. As pessoas observam de perto os carros. Este carro reflete os seus olhares."
O 850 CSi de David Hockney retrata o interior do carro no exterior, revelando partes internas do motor e até um cão atrás. "A BMW deu-me o modelo do carro e fiquei a olhar e a olhar para ele", referiu Hockney sobre o processo de criação. "E, devo admitir, também olhei para os outros Art Cars. No final pensei, provavelmente seria bom mostrar o carro para que seja possível olhar para dentro dele."
Depois de uma pausa nos anos 80 o Art Car voltou a Le Mans em 1999 com a artista conceptual Jenny Holzer. Esta cobriu o 15º Art Car, um V12 LMR, com mensagens que segundo ela "nunca perderão a sua relevância". A sua arte em palavras expressa-se assim: "És tão complexo que não respondes ao perigo", uma provocação dirigida ao automobilismo.
"Ao reunir arte, design, questões sociais e ambientais, espero contribuir para uma maneira diferente de pensar-sentir-experienciar os carros e vê-los em relação ao tempo e espaço em que vivemos", disse Olafur Eliasson sobre o H2R, o design menos comum e mais conceptual de todos. A carroçaria foi removida e substituida por uma pele feita de malha de aço, painéis de aço refletores, e muitas camadas de gelo.
O artista de rua sul-africano Robin Rhode, em vez de pintar o carro, usou os pneus do BMW Z4 Roadster para aplicar desenhos coloridos numa tela gigante. Marcas de pneus em círculos pormenorizadamente executados, arcos e linhas em amarelo, azul e vermelho foram o resultado. Neste caso, o próprio carro transformou-se no artista.
"Estes carros de corrida são como a vida, são potentes e têm uma grande quantidade de energia." A perceção que tem dos carros reflete-se na sua obra com cores brilhantes que evocam movimento, potência e energia explosiva. O carro Koons, número "79", presta homenagem ao carro de Warhol de 1979. Ao carro Warhol foi atribuído o número "76" em homenagem ao carro de Frank Stella de 1976.
O trabalho de Cao Fei é uma reflexão sobre a velocidade das mudanças na China, sobre tradição e o futuro. Com o seu projeto BMW Art Car a artista aprofunda a trajetória de milhares de anos, homenageando a antiga sabedoria espiritual da Ásia à medida que se espalha rapidamente no terceiro milénio
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