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não tem tido muito sucesso no Grande Prémio do Mónaco, que celebra este ano o 70º aniversário. Desde 1950 a equipa venceu apenas 8 vezes e Fernando Alonso ficou em segundo na corrida do ano passado. A Scuderia também vê com bons olhos o segundo lugar obtido no Grande Prémio de Espanha e o Presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, escreveu uma carta aberta para a equipa a encorajá-los também, enquanto Pat Fry fez a antevisão da corrida deste fim-de-semana.

Di Montezemolo vê o Mónaco como uma oportunidade no campeonato. Fernando Alonso está empatado com Sebastian Vettel na liderança do mundial de pilotos com 61 pontos.

"O campeonato está nas nossas próprias mãos", disse di Montezemolo.

Na carta di Montezemolo disse à equipa que depois de cinco corridas eles têm uma hipótese real no campeonato, pede o melhor da equipa e espicaça Felipe Massa, dizendo-lhe que ele precisa de melhorar o seu desempenho.

"Graças a uma série de circunstâncias e do trabalho feito para melhorar o carro, bem como a grande capacidade de Alonso, estamos na liderança do campeonato depois de cinco rondas. Devemos aproveitar isso, com cada um de nós a dar o seu melhor na fábrica e na pista, incluindo Massa, que deve alcançar os resultados que esperamos dele. Sei através de Domenicali, com quem estou em contato constante, o quão intensamente estão todos a trabalhar. Disso eu tenho a certeza, também porque ganhar o campeonato depende única e exclusivamente de nós mesmos: da nossa capacidade, da nossa criatividade, da nossa determinação e do nosso desejo de mostrar que somos os melhores", disse di Montezemolo na carta.

A Scuderia Ferrari estreou-se no GP do Mónaco em 1950

© imagem cedida por: Ferrari

A Ferrari não está a planear nenhuma atualização para o carro entre o GP de Espanha e o GP do Canadá, por causa do desafio único que é Monte Carlo. O circuito é todo ele baseado em downforce e o carro mais potente não irá necessariamente vencer. O carro também tem de ser neutro.

"É preciso ajustar o carro de uma forma bastante diferente no Mónaco. No circuito não se atacam todas as entradas de curva de forma tão dura como se faria num circuito normal, porque as barreiras estão muito próximas da pista na entrada e na saída. No entanto, tentar obter o equilíbrio certo do carro é tão difícil como nas outras provas", disse Fry.

As atualizações da Ferrari depois dos testes em Mugello trouxeram mudanças na asa dianteira e traseira, na base do carro, na circulação de ar e nas entradas de ar dos travões. A equipa refere que aumentou a aderência aerodinâmica do carro, o que deve ser positivo para o Mónaco.

A Ferrari também está a levantar o véu sobre a sua estratégia de paragens. Fry referiu que um piloto cuidadoso pode conseguir fazer uma corrida com apenas duas paragens com os pneus Pirelli desta temporada, mas se ele os forçar demais, três vindas à box serão necessárias.

No futuro, a Ferrari está planear um novo pacote da asa para o Grande Prémio do Canadá e os engenheiros também estão a trabalhar numa nova configuração do escape que pode estar pronta para a corrida em Montreal.