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Na primeira parte da nossa série dos carros do futuro analisámos as tendências do desenvolvimento automóvel. As principais características do carro do futuro deverão ser o preço amigável, eficiência e avanço tecnológico mas sem ser demasiado chamativo. Nesta segunda parte vamos olhar para quais as necessidades específicas que os carros do futuro terão de suprimir.
A forma como abastecemos os nossos carros está a mudar. Há trinta anos atrás havia duas opções: gasolina ou diesel. Hoje esse número explodiu para incluir combustíveis como a eletricidade ou o gás natural comprimido. Mas afinal o que é que os condutores querem destes veículos? Um dos fatores mais importantes na escolha de um carro com um novo tipo de combustível é a sua autonomia.
O estudo da Gesellschaft für Konsumforschung GfK que analisámos constatou que a maior percentagem de condutores, 33,6%, quer um carro com um mínimo de 500 km de autonomia. Dos entrevistados, 29,2% afirma que menos do que isso seria aceitável e 33,8% queria mais do que isso. 3,5% das pessoas rejeitaram veículos movidos a combustíveis alternativos de qualquer tipo.
Isso mostra que os consumidores não estão dispostos a desistir do conforto e daquilo que conhecem quando se trata de comprar um veículo de combustível alternativo. Agora apenas os veículos com GNV ou híbridos são capazes de oferecer este tipo de autonomia. O único veículo elétrico que se aproxima deste intervalo é o Tesla Model STesla Model SEstados Unidos da América, 2012 > presente10 fotografias
que tem uma autonomia de 485km e o seu preço começa nos 65.798 euros nos EUA.
Viver numa cidade maior não muda o desejo pela autonomia, 30,8% das pessoas que vivem em cidades com mais de 100.000 pessoas consideraram aceitável um veículo de combustível alternativo ter um alcance de 250km. Esse valor caiu um pouco mais de um por cento (29,6%) no caso de pessoas que vivem em cidades de 20.000 a 100.000 habitantes. Mesmo no caso de pessoas oriundas de pequenas aldeias, 26,7% querem um carro com uma autonomia de 250km.
Um dos principais desejos acerca da segurança de veículos elétricos no futuro é que não façam tanto barulho como um motor convencional. No entanto, isso não parece incomodar muito as pessoas. Apenas 33,2% dos inquiridos afirmaram que o ruído do carro elétrico era uma questão de segurança. A maioria, 51,5%, viu isso como um aspeto positivo e 8,3% não se importa.
Há um custo associado aos novos combustíveis. A infra-estrutura para veículos elétricos e movidos a células de combustível é insuficiente e ambos requerem equipamento especial e dispendioso para abastecer. E como deve ser pago? A pesquisa constatou que 35,9% das pessoas acreditam que todos os contribuintes devem ser responsáveis por cobrir o custo. Os restantes entrevistados dividiram-se: 20,8% defende que os condutores dos veículos movidos a combustíveis alternativos devem pagar; 19,6% afirma que aqueles que não conduzem veículos com combustíveis alternativos devem pagar e 15,8% defende que os fornecedores de energia devem pagar. Por fim, 7,9% acredita que não devemos usar combustíveis alternativos como hidrogénio e eletricidade.
O estudo concluiu que os italianos (45%) e os austríacos (41%) foram os mais favoráveis à tributação das infra-estruturas alternativas por todos, enquanto que os franceses (27%) e os belgas (29%) se mostraram os menos interessados.
O que é que isso significa para os compradores?
A partir destes dados podemos concluir que a autonomia é um fator importante para o futuro dos veículos movidos a combustíveis alternativos e parece que os híbridos serão os veículos de combustível alternativo mais populares num futuro próximo. Isto acontece porque estes são os únicos que podem fornecer a autonomia que as pessoas querem de um veículo.
Os híbridos também estão a melhorar rapidamente. Os últimos protótipos híbridos estão a oferecer mais autonomia e mais eficiência na mesma área de volume.
Os veículos exclusivamente elétricos enfrentam grandes obstáculos quanto ao objetivo de se tornarem aceitáveis para a maioria dos condutores. A ToyotaToyotaJapão, 1937 > presente155 modelos
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admitiu este facto esta semana quando decidiu produzir apenas 100 unidades do iQ EVToyota iQ EVJapão, 2012 > presente4 fotografias
. A marca defendeu que a tecnologia ainda não estava pronta para veículos exclusivamente elétricos. Quando uma empresa que tem apoiado veículos híbridos e elétricos tão fortemente admite problemas deve ser tida em conta.
Há também uma batalha no horizonte sobre como abastecer estes veículos elétricos e a hidrogénio. Os veículos a hidrogénio têm pela frente os momentos mais difíceis. A HondaHondaJapão, 1948 > presente102 modelos
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já comercializa o FCX ClarityHonda FCX ClarityJapão, 2010 > presente3 fotografias
desde 2008 e anunciou na sexta-feira que está a desenvolver um veículo a células de combustível melhorado. Ainda assim, existe um problema. A indústria privada não vai querer construir uma infra-estrutura de hidrogénio até que os carros a hidrogénio estejam globalmente disponíveis e as fábricas não vão produzir em massa veículos a hidrogénio até que haja um sistema de abastecimento suficiente.
Os veículos elétricos terão a vida facilitada. A Tesla revelou o seu sistema de Supercharger esta semana que dá aos seus carros uma autonomia de 3 horas de condução depois de 30 minutos de carga. O obstáculo aqui será mais tecnológico na resposta ao carregamento de veículos elétricos com rapidez suficiente para ser conveniente.
Na próxima semana vamos ver como as pessoas vão usar os transportes públicos e serviços de partilha de carros no futuro.
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