Mulheres pagam mais nas reparações mas têm mais descontos

A Kellogg School of Management da Northwestern University concluiu um estudo intitulado "Reparar os Estragos: o efeito das expectativas do preço sobre os preços afixados da reparação automóvel", que analisou os efeitos do género nos custos de reparações do carro e descobriu que as mulheres geralmente pagam mais do que os homens, mas isso é facilmente mitigado. Se as mulheres mencionarem o preço expectável para a reparação, geralmente acabam por pagar o mesmo preço que os homens.

Os investigadores colocaram homens e mulheres a pedirem estimativas sobre o custo de substituição de um radiador num Toyota Camry de 2003. Se os clientes parecessem bem informados, então o orçamento tinha um preço médio de 280 euros. No entanto, os clientes mal informados ou desinformados recebiam um preço médio de 391 euros.

As mulheres receberam repetidamente preços mais elevados, se parecessem desinformadas. Os homens receberam geralmente o mesmo preço quer parecessem informados quer não. No entanto, sobrestimar o preço muitas vezes significava que o preço cotado era maior, independentemente do sexo.

"Os nossos resultados sugerem que as lojas de automóveis podem assumir que os homens sabem o preço de mercado para uma determinada reparação, pelo que o concedem automaticamente. No entanto, podem achar que as mulheres não são conhecedoras desta área, pelo que a perceção é de que podem aumentar mais o preço", referiu Meghan Busse, uma das autoras do estudo.

O estudo constatou que muitas oficinas não estavam dispostas a negociar os preços, mas aquelas que o fizeram deram às mulheres um desconto médio de 35%, em comparação com um desconto de 25% aos homens.

Os autores recomendam que os compradores pesquisem os preços de reparação online antes de pedir um orçamento a uma oficina e as mulheres devem deixar claro que estão bem informadas sobre o preço do serviço.