275 GTB4 (Itália, 1966)

No final de 1966, a Ferrari utilizou o Salão Automóvel de Paris para estrear o mais recente desenvolvimento do 275 GTB, o V-12 berlinetta que tinha sido introduzido dois anos antes para substituir o já antigo 250. Com a introdução de uma segunda árvore de cames em cada bloco de cilindros, a Ferrari fez uma variante final do venerável motor Colombo de 60 graus que tinha alimentado os modelos 250 e os 275 iniciais. Pelo caminho foi criado o primeiro motor de dupla árvore de came usado num carro de estrada da Ferrari. O novo motor foi equipado de série com seis carburadores Weber, que antes eram apenas uma opção no motor de árvore simples e a sua configuração destacou-se por desenvolver 20 cavalos de potência adicionais ao da unidade em que foi baseado.

O recém-batizado 275 GTB/4, apelidado por causa do seu funcionamento com uma configuração de quatro eixos de came, não comprometeu visualmente o design da carroçaria Pininfarina do anterior 275 GTB, uma vez que só adicionou um capot elevado desportivo para acomodar as componentes adicionais do motor.

O 275 GTB/4 é cada vez mais considerado por muitos colecionadores de Ferrari a variante mais bonita dos V-12 berlinettas do final dos anos 60, e o seu factor de colecionismo é aumentado pelo facto de ter sido produzido em quantidade pequena, de cerca de 330 exemplares. A raridade do modelo, as características de desempenho compensadoras e a boa aparência clássica tornaram-no um dos mais célebres Ferrari GT de todos os tempos.