GTO (Itália, 1984)

O GTO foi anunciado em 1983 por Enzo Ferrari e revelado no Salão Automóvel de Genebra de 1984. A combinação de um nome lendário na marca italiana, o design Pininfarina, o motor e o uso de materiais compostos fizeram do GTO na altura o mais próximo de um carro de corrida que alguém podia conduzir na estrada.

O Ferrari GTO viu a produção ampliada de 200 para um total de 278 unidades, devido à elevada procura, e todos os carros já tinham sido vendidos antes mesmo de a produção sequer ter começado. O GTO foi produzido entre 1984 e 1986 e trouxe de volta a tradição das séries de produção limitada dos modelos à Ferrari, tornando-a uma marca mais exclusiva.

O GTO pode ser visto como um ponto de partida para a produção de supercarros, com carros super desportivos com uma produção de baixo volume com preços mais elevados.

O modelo foi bem recebido pelos clientes, embora a sua concepção não fosse tão radical como alguns possam pensar. O GTO não era muito diferente dos modelos mainstream de oito cilindros da Ferrari daquela altura e parecia um 308 com esteróides, com arcos das rodas maiores, uma posição inferior e spoilers maiores.

Embora baseado na silhueta da série 308, o GTO compartilhava muito poucos componentes, a distância entre eixos era maior, o motor estava montado longitudinalmente no chassis e a maioria dos painéis da carroçaria eram construídos a partir de materiais compósitos ou moldes de resina.

O modelo foi equipado com um motor longitudinal central V8 90º de 2,8 litros, com a extremidade dianteira o mais próximo possível da cabine para otimizar a distribuição de peso e com uma potência anunciada de 400cv.

Esta foi a primeira vez que um motor V8 foi montado longitudinalmente num carro de estrada de produção da Ferrari, além de ter sido o primeiro a ser equipado com dois turbocompressores.