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Carros do Futuro Parte III: Transporte Público e Mobilidade Urbana

A Mercedes detém uma percentagem significativa do serviço de partilha de carros car2go

Continuando a análise dos carros do futuro, viramos a nossa atenção para as cidades e para o futuro do transporte público, partilha de carros e mobilidade urbana.

Partilha de carro

A maior parte dos condutores quer um futuro automóvel semelhante ao atual. A pesquisa conduzida pelo Gesellschaft für Konsumforschung GfK mostra que 64,2% dos inquiridos acredita que o seu próprio veículo vai satisfazer a maioria das suas necessidades no futuro. Dos restantes entrevistados​​, 23,1% acredita que o seu próprio veículo iria satisfazer a maioria das necessidades mas também se poderia imaginar a usar um serviço de partilha de carros ocasionalmente e 7,1% acha que apenas a partilha de automóvel já seria suficiente. Os últimos 5,6% não responderam à pergunta.

O desejo de possuir o seu próprio carro foi mais prevalecente em indivíduos mais jovens. Quanto aos condutores com idades compreendidas entre 18 e 39 anos, 67,5% afirmou que desejariam provavelmente possuir um carro. Mesmo entre os condutores de 50 a 59 anos, 58,5% disse querer possuir o seu próprio carro.

O desejo de possuir um carro foi mais prevalecente em Espanha (70%) e menos na Holanda (58%).

Isto significa que os gabinetes de planeamento urbano devem preparar-se para que o estado atual do trânsito permaneça praticamente o mesmo e tentar encontrar soluções para os problemas. A maioria dos condutores não está pronta para deixar de usar o carro em detrimento de partilhar o veículo. O número de carros na estrada irá provavelmente permanecer o mesmo num futuro próximo.

O estudo também demonstra que a proliferação de serviços de partilha de carros num futuro próximo é pouco provável. Apenas cerca de 30% dos compradores encara a partilha de carro como algo de que estariam dispostos a usufruir. Nas grandes cidades parece possível que vários serviços possam competir uns contra os outros, mas é pouco provável que as cidades de média dimensão venham a ter população suficiente para suportar serviços concorrentes. Os austríacos foram os mais predispostos a acreditar que poderiam conseguir fazer as suas vidas recorrendo apenas à partilha de automóvel com uma percentagem de 13% e os franceses ficaram na posição oposta com 5%.

Mobilidade urbana

Ainda assim, é muito mais fácil usar um carro no interior do país e nas auto-estradas do que em cidades populosas. Os moradores de cidades europeias têm um forte desejo de limitar o trânsito em áreas altamente populosas. Cerca de 36% referiu que nas cidades devia-se circular apenas transportes públicos e outros 28,1% acreditam que a condução em cidades devia ser limitada aos veículos especiais, como acontece com os veículos de baixas emissões na Alemanha e em Londres. Cerca de 36% acredita que qualquer pessoa deve ser capaz de conduzir nas cidades.

No entanto, houve uma estranha distorção nos dados. Pessoas entre os 18 e os 29 anos queriam que todos os veículos pudessem circular nas cidades em comparação com 28% dos inquiridos entre os 60 e 65 anos. Uma possível explicação é que estas pessoas sejam pouco experientes e que ainda não tenham tido tempo para se cansar do intenso tráfego urbano.

A pesquisa constatou que 31% dos moradores de cidades preferia permitir apenas veículos específicos em cidades em vez de uma proibição total. Em comparação 26% das pessoas que vivem no interior do país pensam que deviam circular nos centros das cidades apenas veículos específicos.

Manter os veículos fora das cidades não ficará necessariamente barato. Para apoiar os trabalhadores e os clientes, as cidades terão de investir em transporte público e em locais de estacionamento. Idealmente, os locais de estacionamento deveriam oferecer bastante estacionamento seguro e bastantes pontos de transportes públicos. Isso vai exigir território e construção nas cidades, num momento em que as cidades da Europa estão a lutar para pagar as suas contas.

Conclusão

Estes dados permitem, na verdade, tirar conclusões relativamente claras. Os condutores no futuro próximo ainda querem ter o seu próprio carro pessoal, mas concordam com a possibilidade de não os poderem conduzir nas partes mais congestionadas da cidade, a menos que o veículo produza emissões baixas ou que a cidade tenha uma boa rede de transportes públicos.

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