F1 W05 (Alemanha, 2014)

A Mercedes AMG Petronas Formula One Team apresentou em janeiro o F1 W05, o seu carro para a temporada de 2014, no Circuito de Jerez, no sul da Espanha. Nico Rosberg e Lewis Hamilton revelaram o primeiro Silver Arrow totalmente novo a chegar às pistas desde 1954. Desenvolvido do início ao fim, o novo carro é um marco histórico, num ano em que se assinalam 120 anos da Mercedes-Benz Motorsport e o 80º aniversário dos Silver Arrows.

A temporada de 2014 da Fórmula 1 marca a maior mudança nos regulamentos da história da modalidade e o F1 W05 foi concebido para enfrentar o desafio desta revolução técnica. O resultado é o novo F1 W05 e a dar-lhe vida, a Unidade de Potência híbrida PU106A, ambos projetados para enfrentar o desafio de uma mudança fundamental na filosofia da Fórmula 1. A introdução de um limite máximo de combustível por corrida de apenas 100 kg, juntamente com um fluxo máximo de combustível de 100 kg/hora, centraram os esforços dos engenheiros na entrega de desempenho com um conjunto de novas tecnologias inovadoras que atingem uma melhoria de eficiência superior a 30%.

O motor de combustão interna (ICE), no coração da nova unidade de potência foi reduzido para uma configuração V6 de 1.6 litros e as rotações reduzidas para um máximo de 15.000rpm. Para alcançar uma elevada potência, mas ainda assim uma maior eficiência do ICE, um sistema sobrealimentação foi introduzido, na forma de um turbo e de um compressor. O novo sistema híbrido de Recuperação de Energia (ERS), que incorpora motores elétricos capazes de recuperação de energia cinética e do desperdício de calor, representou um desafio dez vezes superior ao seu antecessor, o KERS, que foi lançado pela Mercedes-Benz em 2009. Este sistema híbrido avançado é essencial para o desempenho do carro e marca um avanço significativo em termos de desempenho e durabilidade do sistema.

A unidade de potência foi projetada para uma instalação optimizada no chassis F1 W05. Este novo carro é o produto de uma filosofia de desenvolvimento agressiva direcionada para a otimização da instalação dos novos sistemas no carro, como o aumento das exigências de refrigeração da Unidade de Potência, de forma a dar ao grupo de aerodinâmica da equipa o máximo de liberdade para responder às mudanças regulamentares das medidas do chassis.