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© foto de Mário Tomé, licença: Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos
A venda de automóveis ligeiros de passageiros continuou a cair em maio, apesar do ritmo da queda ter abrandado, comparativamente aos meses anteriores. No último mês as vendas diminuíram 27,5% relativamente ao mesmo período de 2011, um valor já mais afastado dos perto de 50% registados em meses anteriores.
Assim, durante o mês de maio foram vendidos 10.668 veículos ligeiros de passageiros, um número que ainda assim contrasta com os 14728 vendidos em maio de 2011. No total, entre janeiro e maio já foram vendidas 42.601 unidades, um valor que representa uma queda de 43% relativamente ao período homólogo de 2011.
Segundo a ACAP, Associação Automóvel de Portugal, a quebra inferior registada no mês de maio ficou a dever-se a um aumento das vendas para rent-a-car que apresentam uma elevada sazonalidade.
Quanto ao mercado de veículos comerciais ligeiros, no mês de maio de 2012 continuou a verificar-se uma fortíssima queda, tendo esta atingido 56,1 por cento em relação ao mês homólogo de 2011. No período em causa foram vendidos apenas 1.319 veículos.
Nos primeiros cinco meses de 2012, as vendas não foram além das 6.484 unidades, tendo registado uma forte queda de 55,3 por cento face ao período homólogo do ano anterior.
No que diz respeito ao mercado de veículos pesados, registou-se em maio de 2012 uma queda de 33,5 por cento, tendo sido comercializadas 183 viaturas.
A quebra nos primeiros cinco meses de 2012 atingiu os 48,4% com as vendas a atingirem as 869 unidades.
Quebra na receita de impostos
O setor automóvel em Portugal tem sido fortemente penalizado também devido ao aumento da carga fiscal sobre os automóveis. Na última semana ficou a conhecer-se o síntese de execução orçamental de maio que mostrou que se registou uma quebra acentuada da receita através do ISV (Imposto Sobre Veículos), respeitante ao período de janeiro a abril. Comparativamente ao período homólogo de 2011 as receitas caíram cerca de 125 milhões de euros para os 135 milhões, uma diminuição de 48 por cento. Recorde-se que no mesmo período as vendas de ligeiros caíram 48,1 por cento.
No relatório de maio sobre a venda de veículos em Portugal a ACAP voltou a frisar que aquando da apresentação da proposta de OE 2012, chamou a atenção para o facto de que o aumento da carga fiscal iria provocar uma queda dramática nas vendas de veículos automóveis, o que diminuíria consequentemente as receitas de ISV e IVA. Além disso, a associação refere ainda que graças a estas quebras foram eliminados cerca de 5.200 empregos no setor automóvel.