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As 24 Horas de Le Mans encontra-se entre os três principais eventos automobilísticos do mundo. O Grande Prémio do Mónaco é a estrela dos Grandes Prémios enquanto que a Indy 500 é principal corrida dos Estados Unidos da América e as 24 Horas de Le Mans a rainha das corridas de resistência.
Le Mans é atualmente a corrida de automobilismo mais antiga do mundo e há uma boa razão para que tenha sobrevivido até aos dias de hoje. Antes do mundo se ter tornado obcecado pelas corridas de Sprint e dos carros se terem tornado mais fiáveis as 24 Horas de Le Mans eram não só um teste à velocidade de um carro, mas também à sua resistência. Os carros são desenvolvidos não para funcionarem no fio da navalha como nas corridas de Grandes Prémios, mas para serem bons (e rápidos) e para durarem sem muitos problemas. De facto muitas vezes os carros mais lentos acabam por bater carros muito mais rápidos devido à sua fiabilidade. Enquanto que um está parado nas boxes, o outro continua a dar voltas à pista. Posso quase garantir que vamos ver vários dos carros GT mais rápidos a terminarem à frente dos carros da categoria LMP2 e até, ouso dizer, que à frente de um ou dois carros da LMP1.
A corrida tem sido imitada em todo o mundo com os americanos a levarem-na para Sebring e Daytona e a Bélgica a organizar a prova em Spa, mas nenhuma delas atrai tanta gente como Le Mans e os 402km/h da reta Mulsanne. A palavra Mulsanne já deu origem não só a imagens dos grandes carros de estrada da BentleyBentley Mulsanne (modern)Reino Unido, 2010 > presente13 versões
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, mas também dos ruidosos Porsche 917Porsche 917Alemanha, 1969 > 19817 versões
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a abrirem pelo circuito ou até mesmo do voador CLK GT-RMercedes-Benz CLK-GTRAlemanha, 1998 > 19982 versões
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conduzido pela estrela da Fórmula 1, Mark Webber. Aquele local é único.
Basicamente os circuitos norte-americanos não podem competir com Le Mans porque eles são apenas isso: circuitos construídos propositadamente, enquanto que Spa é uma versão encurtada da pista original e as 24 Horas de Nürburgring não tem a tradição das corridas de 24 horas. Le Mans tem uma aura especial sobre si e esse sentimento torna-se ainda mais forte para quem lá vai. Eu já fui anteriormente e este ano vou lá estar novamente.
Este ano vamos poder assistir a uma das corridas mais renhidas que me lembro, já que a AudiAudiAlemanha, 1909 > presente83 modelos
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e a ToyotaToyotaJapão, 1937 > presente155 modelos
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participam com os seus híbridos e até mesmo a PescaroloPescaroloFrança, 2000 > presente5 modelos
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conseguiu trazer ao circuito um novo carro com a entrada de última hora de Stewart Hall no alinhamento de pilotos. O Autoviva vai conversar com ele e obter as suas reações depois da corrida.
A classe LMP2 também será renhida e a principal atração será a equipa NissanNissanJapão, 1932 > presente159 modelos
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com a parceria entre os pilotos Martin e Alex Brundle com Lucas Ordonez, o jogador de Playstation que se tornou num piloto profissional. Será interessante ver se Martin pode repetir alguns dos seus sucessos com a JaguarJaguarReino Unido, 1922 > presente53 modelos
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e se Alex consegue forjar uma carreira automobilística paralela ao seu percurso no GP3.
Martin também não é a única "celebridade" nem o único ex-piloto de F1 a participar no prova. Já vimos Jacques Villeneuve e Jackie Ickx e até mesmo estrelas do cinema como Steve McQueen a experimentarem as 24 Horas de Le Mans. Na verdade, a sua imaginação ficou tão presa a Le Mans que o próprio viria a produzir um filme sobre o circuito, e que é uma prova do mistério do lugar.
Outra das belezas de Le Mans, e algo que estou ansioso por conseguir comprovar um dia, é o facto de que a corrida coloca amadores contra pilotos profissionais. Um bom amador com um mínimo de talento e um orçamento decente pode conduzir numa das três corridas mais importantes realizadas, todos em frente a centenas de milhares de pessoas no circuito e dezenas de milhões na televisão. As 24 Horas de Le Mans é a única corrida que oferece essa oportunidade. Isto nunca poderia acontecer nem no Mónaco, nem na Indy 500.
Para aquelas pessoas que gostam de estatísticas, só existe um piloto no mundo do desporto motorizado a ganhar o Grande Prémio do Mónaco, a Indy 500 e as 24 Horas de Le Mans: Graham Hill.
Como em todas as grandes histórias, há um elemento de tragédia, e algumas das histórias mais marcantes estão também ligadas a Le Mans. O mais famoso acidente tem de ser o de Pierre Levegh, em 1955, num Mercedes 300SLRMercedes-Benz 300 SLR Roa...Alemanha, 1955 > presente6 fotografias
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, mas é melhor não me debruçar sobre isso e concentrar-me na tentativa de Levegh de fazer a corrida a solo num TalbotTalbotReino Unido, 1903 > 199218 modelos
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em 1952. Infelizmente o carro avariou quando faltavam 90 minutos para o fim da prova. Ou seja, foram 22 horas e meia atrás do volante a velocidades de corrida!
Existem várias marcas cujas histórias estão, também, indelevelmente ligadas à das 24 Horas de Le Mans. Por agora, vamos ignorar a FerrariFerrariItália, 1947 > presente233 modelos
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, porque a marca italiana está mais ligada à Fórmula 1, e lembrar as grandes marcas britânicas como a BentleyBentleyReino Unido, 1919 > presente37 modelos
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e a Jaguar pelo tamanho ou a atual campeã Audi. Sem este apoio a corrida teria um menor significado, mas continua sem dúvida a ter relevância.
Espero que isto tenha aguçado o apetite para aquela que é possivelmente a melhor corrida do mundo. É dramática todos os anos e uma maratona tanto para os fãs como para as equipas. Quando regressar prometo transmitir-vos todas essas emoções.