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Carros e Países: França

A França tem uma longa história de produção de automóveis, que nos ofereceu os BugattiBugattiFrança, 1909 > presente41 modelos
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, o PeugeotPeugeotFrança, 1882 > presente120 modelos
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205 GTiPeugeot 205 GTiFrança, 1986 > presente2 fotografias
, AlpineAlpineFrança, 1955 > 199414 modelos
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A310Alpine A310França, 1971 > 19847 versões
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e o Citroën DSCitroën DSFrança, 1955 > 197630 versões
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. É este último que vou escolher como o carro que simboliza a França.

Teria sido fácil optar pelo 205 porque é um ícone e um carro para os entusiastas da condução. Nas mãos de Juha Kankunen e dos outros guerreiros do grupo B foi espetacular e é um clássico que também pode ser utilizado como um carro do dia-a-dia. Então por razão é que não o escolhi?

Quando penso em carros franceses penso em design, classe e uma capacidade de fazer as coisas sempre de uma forma ligeiramente diferente. A Citroën é a marca que faz isso melhor do que qualquer outra. Basta olhar para o atual C6Citroën C6França, 2005 > presente10 versões
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... é elegante, luxuoso e é tão confortável ao transportar o presidente da República francesa ou uma família de quatro pessoas.

O facto da marca francesa ter reinventado o emblema DS é uma prova da estima que este detém aos olhos dos aficionados do modelo mas também daqueles que procuram o luxo.

Quando pensamos em carros de luxo, hoje em dia é do modelo alemão que nos lembramos em primeiro lugar, onde a tração traseira, os motores potentes, a dinâmica desportiva e a qualidade de construção impecável prevalecem. Mas, fiel à mentalidade francesa o DS evita essa lista de qualidades em favor do conforto e do design gaulês.

O DS chegou mesmo a ser popularizado através da cultura. Muitas pessoas já deverão ter visto a série americana "O Mentalista", bem pelo menos eu já vi. O herói, um psíquico que trabalha com a polícia, conduz um Citroën DS. O carro assenta que nem uma luva com o seu sentido de estilo e com a sua natureza excêntrica, dando constantemente a impressão de um homem que sabe do que está a falar e que se preocupa com a qualidade acima de tudo.

Lembro-me de conduzir por Lisboa há alguns anos e de ver um Citroën C6 preto com couro de tom creme e pensar que o carro parecia luxuoso, interessante e até mesmo exclusivo. Talvez fosse o carro de um embaixador? Não me consigo lembrar de mais nenhum fabricante de automóveis com o mesmo tipo de linhagem (sem recorrer a um mercado ou até a uma sub-marca). ToyotaToyotaJapão, 1937 > presente155 modelos
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? Não. FordFordReino Unido, 1909 > presente33 modelos
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? Não. FiatFiatItália, 1899 > presente159 modelos
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? Não. Talvez a RoverRoverReino Unido, 1904 > 200523 modelos
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, mas essa já não existe.

Enfim, aquele C6 deu-me vontade de ter um Citroën e o C6 não é nem metade do carro que um DS foi em tempos.

De qualquer forma, o Citroën DS original foi produzido entre 1955 e 1975 e sucedeu ao mais gaulês dos carros: o Traction AvantCitroën Traction AvantFrança, 1934 > 195723 versões
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. Talvez a característica mais famosa do DS tenha sido a suspensão auto-nivelante, algo que hoje em dia precisa de algum cuidado, mas que na época foi uma revelação. A condução foi comparada à de um «tapete mágico". O DS percorreu um longo caminho para convencer o mundo de que a Citroën era uma marca inovadora.

O DS podia ter faróis direcionais e uma inovadora suspensão hidráulica, mas não estava na crista da onda no que tocava a motores. A Citroën optou por basear o motor boxer de seis cilindros no motor de dois cilindros do 2CV e tornou-se numa batalha constante manter o motor do carro atualizado.

No entanto, não seria francês, se não houvesse um pouco de compromisso envolvido, não é verdade? E é por isso que o Citroën DS é o carro que simboliza melhor a França. Esperemos que a Citroën consiga novamente produzir algo parecido.

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