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Com o mercado europeu em quebra as principais marcas mundiais estão a procurar outros mercados para minimizarem as perdas no velho continente. Desta forma a Renault está neste momento a apostar em África com a construção da maior fábrica daquele continente. O objetivo é tentar dissuadir as pessoas a trocarem os transportes públicos e os carros usados pelos carros da marca francesa.
O principal investimento naquele continente está situado em Tânger, compartilhado pela Renault e pela aliada Nissan. No total será investido um bilião de euros na construção da nova fábrica da aliança. Além desta está ainda a ser preparada uma futura fábrica a ser construída na Algéria, ainda sem data de construção.
Esta fábrica terá uma capacidade de produção anual de 400.000 unidades, batendo por clara margem as fábricas da Mercedes, BMW e Volkswagen.
“A África está a estabilizar,” referiu o vice presidente sénior da Renault para o continente africano, Jean-Christophe Kugler. “É melhor adquirir uma posição nesta altura para habituar novos condutores antes dos outros mercados começarem a amadurecer.”
A terceira maior marca de automóveis europeia está a tentar introduzir no mercado africano os carros low-budget da Dacia, à medida que as vendas na Europa da marca francesa têm vindo a decrescer, mantendo a tendência dos últimos anos. Esta situação fica a dever-se às marcas asiáticas que têm feito uma grande aposta na Europa e à introdução de modelos compactos por parte das marcas de topo, como a Mercedes e a BMW.
Segundo a ACEA, associação das marcas europeias, a Renault foi mesmo a marca europeia que registou a maior queda em termos de vendas este ano, à medida que a Europa se aproxima do valor mais baixo de vendas registado desde 1995.
O potencial africano
Kugler acredita que o mercado africano se pode tornar num equivalente à América Latina na conjuntura atual. Desde 2005 o valor das vendas duplicou e deverá atingir este ano cerca de 5,75 milhões de veículos. Neil King analista do mercado automóvel da Euromonitor International Ltd acredita que ser a primeira marca a investir em África pode ser uma boa aposta devido à margem de progressão deste mercado.
África deverá este ano vender cerca de um milhão de veículos, com mais de metade a serem vendidos na África do Sul. Em termos estatísticos isto significa que é vendido cerca de 1 carro por cada 1000 pessoas em África, um valor que poderá atingir, quem sabe na próxima década o mesmo valor da América do Sul, 15 veículos por cada 1000 habitantes.