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O trânsito é um perigo para a saúde pública. Enquanto muitos países têm sido capazes de fazer descer as taxas de mortalidade e o número de feridos em acidentes rodoviários para níveis mais baixos através medidas de segurança rodoviária e da eficaz implementação de políticas, outras regiões, especialmente na África e na Ásia, ainda têm algumas dificuldades em controlar este problema.
Através dos dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde, decidimos criar uma lista com os dez países mais perigosos em termos de trânsito. Claramente são as regiões destruídas pela pobreza e pela turbulência política que figuram no topo desta lista:
Enquanto os esquadrões iranianos fazem uma supervisão rigorosa da adesão aos padrões da moral pública, as autoridades do governo parecem não ter tempo para fazer cumprir as regras de trânsito. Caso contrário, as 35,5 mortes por 100 mil habitantes e 204,6 óbitos por 100 mil veículos são difíceis de explicar.
O mais pequeno país continental africano tem uma das taxas de morte na estrada mais altas do mundo. 36,6 mortes por 100 mil habitantes e 5.228,6 mortes por 100 mil veículos são significativos tratando-se uma população de apenas 1,7 milhões. Apenas cerca de 250 mil veículos circulam nas ruas do país, mas parecem ser demasiado eficientes a causar ainda mais sofrimento a uma população afogada pela pobreza.
Ver os Emirados Árabes Unidos numa posição tão elevada é surpreendente. 37,1 mortes por 100 mil habitantes e 118,5 óbitos por 100 mil veículos é muito elevado mas pode ser explicado pelas estradas perigosas que atravessam o deserto árabe. A solução para os mais ricos é apanhar o avião privado em vez de conduzir o Bugatti Veyron. Os mais pobres têm de contentar-se com tempestades de areia.
Uma nação em ascensão, mas ainda com muito a recuperar no que toca a segurança rodoviária. Angola conta com cerca de 37,7 mortes por 100 mil habitantes e 957.4 por 100 mil veículos. A culpa principal é da guerra que durou até ao início do século XXI e que destruiu grande parte da rede de estradas, além das minas espalhadas ao longo da estrada. Por isso para uma viagem segura, mantém-te na estrada!
O deserto do Saara cobre 80% do Níger pelo que não é difícil imaginar a razão pela qual morrem em média 37,7 pessoas por 100 mil habitantes por ano e 9.425 por 100 mil veículos. Fora das cidades, há poucas estradas pavimentadas que fariam da travessia do maior país da África Ocidental uma viagem um pouco mais segura. Se ainda assim quiseres experimentar, verifica se tens bastante água a bordo.
O Iraque é hostil para quem usa as estradas. 38,1 mortes por 100 mil habitantes e 762 mortes por 100 mil carros por ano foram registados pela OMS. As razões são mera especulação, mas uma combinação de coincidências infelizes, como um vasto deserto, uma infra-estrutura pulverizada pela guerra e rebeldes com apreço por carros-bomba devem desempenhar um papel neste contexto.
Olhando para os números do Afeganistão, imaginamos se os insurgentes Taliban merecem toda a atenção que recebem. Em 2011 os seus ataques custaram cerca de 3000 vidas de civis enquanto que o trânsito foi responsável por 39,0 mortes por 100 mil habitantes e 1,447.9 mortes por 100 mil veículos. Com uma população de quase 30 milhões faz as contas e diz-nos, afinal quem é o verdadeiro vilão?
A OMS registou 40,5 mortes por 100 mil habitantes e 139,2 óbitos por 100 mil carros na Líbia. A razão para esta miséria é a negligência da infraestrutura pública, durante o reinado de Kadafi que preferiu investir em móveis de luxo para o seu palácio, em vez de investir em estradas decentes. As coisas estão tão mal que o atual governo diz serem necessários 10 anos para reconstruir as estradas.
O fato de as Ilhas Cook figurarem num lugar tão elevado nesta lista é um pouco confuso. Talvez esta nação de apenas 10 mil cidadãos não cumpra os requisitos para uma amostra de dados válidos... A OMS aponta para 45,0 mortes por 100 mil habitantes neste país. Será que eles multiplicaram as 4,5 vítimas por 10 mil habitantes por 10 para chegarem a este valor? Parece-nos um pouco descabido.
A Eritreia encabeça a lista com 48,4 mortes por 100 mil habitantes e 4.400 mortes por 100 mil carros. Num país tão pobre e com poucos carros nas ruas, ser dono de um ou atravessar uma estrada pode ser uma tentativa quase suícida ao estilo Jackass. Só nos resta esperar que os eritreus consigam vencer a verdadeira maratona que os espera na tentativa de melhorar a segurança nas estradas
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